O Yoga chegou até mim através de imagens de posturas desafiadoras onde mostravam pessoas de corpos esbeltos, tatuados e com um enorme e lindo sorriso no rosto.

Comprei de cara a idéia.

A partir de então eu não tinha ideia do que poderia acontecer dentro de uma sala de prática entre 4 paredes.

Fui totalmente atraída por aquelas imagens de plasticidade únicas e rara beleza.

Confesso que me encanto sempre com a beleza das formas.

Mal sabia que a partir de uma bela postura entraria em um mundo tão repleto de possibilidades.

Pelas posturas (asanas) conheci literalmente o real significado do ” silenciar a mente”,

Através daquelas posturas desafiadoras publicadas em alguma mídia social comecei minha trajetória dentro do Yoga.

Entre um sirsasana e um bakasana percebi minhas limitações, dons e potencialidades.

Fechei meus olhos ,inspirei ,expirei profundamente, e através do silêncio profundo mensagens sutis de orientação começaram a aparecer bem diante do meu nariz.

Daquela mistura mágica de posturas desafiadoras alinhadas com minha respiração percebi uma nova forma de comunicação.

Vi-me em plena consciência sendo levada a um lugar onde as fronteiras do corpo e a plasticidade das formas não eram tão importantes e nem limitantes.

Foi aí que tudo se fez oração.

Quando entendi o significado de NAMASTÊ.

O Deus que há em mim saúda o Deus que há em você.

Foi naquele exato momento que me dei conta de que quando a nossa mente se une com a mente de Deus tomamos a consciência de que Deus está em todas as coisas, inclusive e primordialmente dentro de nós.

Segundo Hermógenes a postura do yoga, apesar de parecer simplesmente uma atitude do corpo, é muito mais do que isso, é uma expressão do homem holístico, manifestando-o em todos os seus níveis: no corpo, no pensamento, na emoção, na ação, no corpo sutil, e no espírito.

Assim como uma postura expressa um determinado estado de alma, reciprocamente com o aperfeiçoamento desta arte, ao assumir determinada postura, o praticante é induzido ao estado psicológico a ela ligado, como se fosse um psicotrópico, isto é, algo capaz de mover (trópico)  a alma (psiquê).

Para o mestre B.K.S Iyengar, o yogi conquista o corpo pela prática dos asanas, e faz dele um veículo adequado para o espírito. Ele sabe que o corpo é um veículo necessário para o espírito.

Uma alma sem um corpo é como um pássaro privado de seu poder de voar .

Ele ainda completa dizendo que, o corpo é um templo que abriga a Centelha Divina. Negligenciar ou negar as necessidades do corpo e pensar nele como algo não divino, é negligenciar ou negar a vida universal da qual faz parte. As necessidades do corpo são as necessidades do espírito divino que vive através do corpo.
O yogi não olha para o céu para encontrar Deus porque sabe que Deus encontra-se em seu interior.

Namastê |Adri Borges.

Equipe Plié Namastê Studio